ulondava um horizonte de falas silenciadas pelos
valores das perdas, nunca esquecidas. Uma mulher morta, grávida e morta. Submersa
em águas de artifício familiar sem nenhum tipo de tolerância. No ventre, um
bebê, resto de vida que a segurava no corpo. O ventre. O sonho. Os valores.
Quem disse que família consegue estender algum gesto? A mulher grávida
precisava ser sepultada, mas seu peso em memória não realizava casamentos com a
vida. Nessa noite, os rituais funerários seguravam o não encaixe daquela morte
em seu túmulo. A criança era resto de lucidez atirada ao túmulo. O fim de tudo?
Sonho ter vida para um dia contar essa pequena história com mais leveza. As
lembranças jamais terminam quando um morto não se encai
quinta-feira, 27 de março de 2014
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