A Tom e Chico
Encontrei força virgem circunscrita. Recortei limites cênicos do papel. E recusei, mais uma vez, uma relação de afeto onírico.
/Ah, se já perdemos a noção da hora/
Agora, partimos pro verso virtual do desenlace, Cyber-Tom sem Chico. Razão do mal-olhado em youtube, sermão de Cícero amoral.
/Se juntos já jogamos tudo fora/
Meus olhos disseram tudo o que consigo ser, mas não permito que você ainda consiga vê-los. Tivemos nossa vez. Li sua mão, cigana analfabeta me ensinou: O que é dos outros, não se toca.
/Me conta agora como hei de partir/
Respeito qualquer olhar oblíquo. Sem Tom nem Chico pra tocar. Limite cênico, nada rolado em pedras sem passado. Vou-me embora, não derramo mais. Só aceito correntezas com acordes sem dó maior.
Danilo Machado
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