quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Flor do Sal

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A completude reside no instante.

Há fidelidades sem monogâmicas rede_s.

No escuro, uma flor do sal definha
em nós fracos.
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Danilo Machado

Para Sartre

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Entr e.
En tre Q uat ro Pa rede s
DOS AMORES
En tre Q uat ro Pa rede s
rede_s.
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Danilo Machado

Alguma Poesia

Antecipei um choro pálido de alívio,
sóbrio, sem descanso e sombrio.
E caíram
sobre mim outros rostos,
separando os nossos desejos.
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Não faço mais - Nenhuma Poesia.
Ainda tenho cicatrizes expostas.
Não consigo seguir os teus passos
Que encontra em outros braços, sempre
Alguma Poesia, uma montagem.
E quando volto a sorrir,
Tu vens, e volto ao pranto.
DANILO MACHADO
FOTO: Adriane Santi

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

AMORFA DE QUATRO ATOS

Para Juan Gelman

Perfuras as minhas vontades. Libero as tuas necessidades. Compras, para mim, um prazer artificial. Revelo, para ti, minhas vísceras jogadas ao mar. Mudas teu olhar. Divido teu rosto em partes informes.
* * * *
Enfio bruscamente. Relaxas aos poucos, buscando os meus lábios para sugerir suavidade. Oculto nos meus pensamentos o que mais desejo. Atiras tua raiva branca, no meu peito, que nunca consegue te esquecer.
* * *
Confirmas uma visão no escuro, um epigrama mítico. Leio e me atiro no sonho de tuas promessas quase com interesse. E solucionas o meu gozo, mais uma vez, quando soltas, para mim, aquelas frases pouco coloridas.
* *
Me desespero quando percebo que as tuas vontades são mais fortes, porque compreendes o mundo sem essa minha sensibilidade analítico protetora. Te encontras à beira do mar aberto em madrugadas, e compras, enfim, as flores que finges alcançar: é perigoso viver lá fora, meus livros contemplam uma vida, um rastro de ervas, um assobio – enviado – por – Messenger: Chill Out http://www.youtube.com/watch?v=0f7UPTz4KeU&feature=related – Cecilia Roth, diz: /Con este poema no tomarás el poder* dicen./ Confidences. /Con estos versos no harás la revolución* dicen./ Ni con miles de versos harás la revolución*/ Inspiração? Expiração? (Isso basta, quando acaba)
*
Danilo Machado

Werther Diniz:

Sim. Tudo começa com um sim.

Werther diz:
E nós viveremos felizes para sempre.
Werther diz:
No eterno acorrentamento de felicidade excessiva. Pequenas órbitas em significantes
Inexplicável narrativa sem acontecimentos. Próteses para segurar ereção.
Punhado de sal dissolvido em leite. Desconexo grão de areia.
Sim. Tudo começa com um sim. Nenhuma Poesia.



FOTO: Adriane Santi

Os outros sempre parecem possuir precisamente
aquilo que nos falta. (J. W. GOETHE)
Danilo Machado