quinta-feira, 28 de julho de 2011

Máscara_Marcas_do_Lírio_na_Vertical

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Exilado tira do bolso interno a realização do cego ascendente sopro. Exige das convenções letradas um cânone atado ao interior vazio, escrito em lápis de cores marinhas.
Momento da escrita de um romance terno em costas largas, rompe os laços letrados, comum, trechos marcados com água anil. Me comove adentras formas do pincel preenchendo amarras.
Cheiro do seu rosto misturado aos poucos cabelos de natureza agitada, me co-move em falas curtas ao amanhecer. Me caso com os seus desejos e palavras, recordando dos sonhos em madrugadas.
Danilo Machado

LIBRA SEM TETO

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Nas ações do verbo machucar, me proponho romper laços frágeis para que a integridade coma a força dos inúteis. Mandingas comparações de regras paradoxais, razão do instinto humano, compõem sinais gráficos sem amarguras magras.
Formas iluminadas são tragadas em rasgos internos que aquecem a moralização genuína do verso, covarde de si mesmo. Somos algumas amizades ao som de regularidades simétricas, como espelhos rachados, crenças librianas de argumentos sem fundo.
Mas definitivamente ao som do definitivo à definição desse conceito opaco, digo: Não há possibilidade de continuidade de afetos. Ando forçando a barra, calando as contradições, corroendo as mãos. Você nunca se vê, mas insisti em comunicar minhas angústias. Inúteis ações diante do verbo machucar.
DANILO MACHADO

quarta-feira, 27 de julho de 2011

PARA ESTAR MIDIÁTICO EM CULT_WEB_BLOG

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Alívio ferlizilizado por messenger, a culpa trazida pela esfera dos assombros culmina num restar de ossos. Academicamente, componho para estar livre das obrigações em conjuntas formas digitais. Laços da produção regulam as arestas do mal-olhado, sal de nós marinheiros sem barco. Assim, nessa midiática fonte do pensar comum, na boca do povo. Só escrevo para estar em mim por alguns momentos, logo, assumo minha parte da culpa de estado ausente. Enfim, diante das câmeras paro este vídeo digital sem co-produção gráfica, sem ambientação cênica, nem som ou qualidade CultWebBlog. São Inumeráveis Águas de Nuno Júdice.
Danilo Machado

Não Sei!

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Não sei ficar na espera de esperar sem esperança.
Me diga algo!
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Danilo Machado

terça-feira, 26 de julho de 2011

Diá_LOGOS, para Mia Couto.

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- Você tem medo de fazer amor comigo?
- Tenho.
- Por que sou negro?
- Não... não vejo impedimento em nenhuma cor.
- Então... por quê?
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- Medo que saia de mim. Meu medo está em mim, não em você. Preciso me acostumar com sua forma de regressar ao meu corpo. A forma de tocar deixa marcas, um trovão iluminando a pedreira. Sempre disse ser uma tempestade. Agora, estou aqui. Sobrevivi a mim mesmo. Estou pronto para você.
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Danilo Machado 

domingo, 24 de julho de 2011

MAS O QUE HÁ DE SE FAZER?

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Olha, em face dos últimos acontecimentos, a Poética de hoje é o microconto impressionista como ordem de discurso opaco. Quando o vento resolveu subir a pedreira, começaram a rolar um apanhado de pedras jogadas para atrapalhar a trajetória da paixão. Enfim, nem sei se tenho mais o que dizer, mas eu estava totalmente entregue. Xangô mostrava necessidade de domínio, e Iansã não costumava mais guerrear no amor. As contorções em redondilha maior, ordenadas por Exu, olhar de quem acha que entende de afetos. Bem que me disseram para não confiar, esse tipo de ritualística, longe da ação de preconceitos, inventa a vida na impressão de impressos superficiais. Mas o que há de se fazer? (Novelinha sem graça, nem linguagem transpessoal). Não tive escolha, melhor deixar o fogo baixar. Mesmo assim, sei, quando o vento encontra a tempestade, o fogo se encosta por desejo. Mas vale a pena a violência diária? Claro que não, jurei não lutar mais por razões do amor, quero mais afeto que confusão, mais ação que fusão de conflitos. Fiz a escolha. O desejo deve continuar. Continua. O tempo passa. Esse excesso de crenças é como ignorância que me mantenho desperto por razões de instinto. Um dia me livro disso. Literaturas diversas do mito eterno dos encontros com grandes temas passageiros. Espero. Assim. Terminar.
Danilo Machado