domingo, 24 de julho de 2011

MAS O QUE HÁ DE SE FAZER?

.
..
...
Olha, em face dos últimos acontecimentos, a Poética de hoje é o microconto impressionista como ordem de discurso opaco. Quando o vento resolveu subir a pedreira, começaram a rolar um apanhado de pedras jogadas para atrapalhar a trajetória da paixão. Enfim, nem sei se tenho mais o que dizer, mas eu estava totalmente entregue. Xangô mostrava necessidade de domínio, e Iansã não costumava mais guerrear no amor. As contorções em redondilha maior, ordenadas por Exu, olhar de quem acha que entende de afetos. Bem que me disseram para não confiar, esse tipo de ritualística, longe da ação de preconceitos, inventa a vida na impressão de impressos superficiais. Mas o que há de se fazer? (Novelinha sem graça, nem linguagem transpessoal). Não tive escolha, melhor deixar o fogo baixar. Mesmo assim, sei, quando o vento encontra a tempestade, o fogo se encosta por desejo. Mas vale a pena a violência diária? Claro que não, jurei não lutar mais por razões do amor, quero mais afeto que confusão, mais ação que fusão de conflitos. Fiz a escolha. O desejo deve continuar. Continua. O tempo passa. Esse excesso de crenças é como ignorância que me mantenho desperto por razões de instinto. Um dia me livro disso. Literaturas diversas do mito eterno dos encontros com grandes temas passageiros. Espero. Assim. Terminar.
Danilo Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário