quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

TIRÉSIA nu ESPELHO

(Queria ver com mais claridade, mas me parece que ninguém vê.)


No beco foi acariciado / Pediu ao perdido / Um sorriso, sentiu sentado.

E quando o perigo se mostrou (ardor) / Enquanto quase gozava.

Quanto lhe foi cobrado? / Um Rosto, enfim, Deformado.

Pagou pra que fosse morto / E não ter culpa de ter se matado.


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Enfim, não sei se isso é só solidão, ou sou eu que saio de dentro de mim e me dou um susto. Mas veja: é inevitável que só me reste escrever? Estar vendo os meus dedos, enquanto escrevo, corrói. É simples, mas é só isso. Se eu fosse vento era mais simples. Mas não é. Sou matéria que, sem destino, se move.

Danilo Machado

Um comentário:

  1. lembro disso, penso nisso
    em não saber as palavras certas pra te dizer,
    mas continue tu falando
    eu escuto

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