sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

MÍSTICO

Poeta Místico? Não saberia usar outra palavra para designar qualidades de escrita compulsiva. Existe explicação para orde/nações cheias de metáforas retorcidas pelo afeto? Ou poderia apenas concluir acerca da intencionalidade elíptica? O fazer expressão-roupa do pensamento é argumento cósmico em formas de ser.
Místico? Espiral-elíptico-desenho são direcionamentos sobre o verso. Jamais poderia encontrar outro conceito sobre o que me rodeia. Muito além de palavras, moro no gesto do olhar, vivo o cantar estrelas. Claro no escuro, sendo iluminação do desejo-sendo. Os passos encontram medidas nos grandes astros que rodeiam o ser-sendo.
Poeta? Sou impreciso. Amorfo. Resto de Caos. E não ousaria expressar outras faces do gesto preso ao olhar, porque minha medida jamais seria a linearidade de um container volumoso. Criações são como fagulhas tentando ser. Mais que expressar, meus versos compreendem o mundo na noção de palavra gritada, tiro no vácuo. Místico? Cada um come o pão que tem.

(Poeta Místico)

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