Místico?
Espiral-elíptico-desenho são direcionamentos sobre o verso. Jamais poderia
encontrar outro conceito sobre o que me rodeia. Muito além de palavras, moro no
gesto do olhar, vivo o cantar estrelas. Claro no escuro, sendo iluminação do
desejo-sendo. Os passos encontram medidas nos grandes astros que rodeiam o
ser-sendo.
Poeta? Sou
impreciso. Amorfo. Resto de Caos. E não ousaria expressar outras faces do gesto
preso ao olhar, porque minha medida jamais seria a linearidade de um container
volumoso. Criações são como fagulhas tentando ser. Mais que expressar, meus
versos compreendem o mundo na noção de palavra gritada, tiro no vácuo. Místico?
Cada um come o pão que tem.
(Poeta
Místico)
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