quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Lamento de Exu


Agora balzaquiano, convulsionado pela chance de mais uma escrita.
Queimavam as mãos do aparente-jovem-e-pseudo-escritor.

(Meus versos são voláteis!)

Perseguido de prazer, recitava Lorca ao som de Baden Powell, Lamento de Exu.

(Preciso encontrar unidade.)

Foi escolhido para falar em Clássicos.

(Ovídio é universal. Eu, multicultural.)

Da sua escrita restava o descentramento, o escondido.
Rastejadas eram suas linhas, Matiz de Verlaine.

(Quero ser Tirésias.)

O hermeneuta era frágil, tinha prazer no inusitado-instantâneo-consumo.
Não desistia na busca de unidade no verso. Romântico, o pobre.

(Sou o Amorfo Que Cintila Na Noite Escura)

Danilo Machado
Foto: Pierre Verger

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