Queimavam as mãos do aparente-jovem-e-pseudo-escritor.
(Meus versos são voláteis!)
Perseguido de prazer, recitava Lorca ao som de Baden Powell, Lamento de Exu.
(Preciso encontrar unidade.)
Foi escolhido para falar em Clássicos.
(Ovídio é universal. Eu, multicultural.)
Da sua escrita restava o descentramento, o escondido.
Rastejadas eram suas linhas, Matiz de Verlaine.(Quero ser Tirésias.)
O hermeneuta era frágil, tinha prazer no inusitado-instantâneo-consumo.
Não desistia na busca de unidade no verso. Romântico, o pobre.(Sou o Amorfo Que Cintila Na Noite Escura)
Danilo Machado
Foto: Pierre Verger
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